discurso é uma dramaturgia dividida em quatro partes, criada por diego cardoso. a história apresenta o desenrolar da experiência de vida sofrível de uma personagem ao longo do tempo. essa trajetória é contada de maneira fragmentada, por meio de um conjunto de relatos de diferentes personagens, que ao narrarem suas experiências e perspectivas, revelam sentidos e discursos que permeiam a vivência de sujeitos num mundo atravessados por crises de diferentes tipos: do clima, do trabalho, da política e do afeto.

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o pano de fundo da narrativa é o desafio de sonhar diante da urgência de sobreviver. o ponto de partida é a perspectiva de um cotidiano capitalista no qual pessoas se esforçam ao máximo para garantirem o mínimo, enquanto são constantemente expostas e influenciadas por discursos que alimentam o sonho do enriquecimento, a meritocracia e a importância da materialidade em suas vidas. o horizonte de mudança e uma possível emancipação é nublado por convicções e ideologias que tensionam ainda mais a alienação e a individualidade. como consequência, a sensação de fracasso, tristeza e medo acabam se tornando sentimentos comuns na vida das pessoas que vivenciam essa sistema numa posição desprivilegiada. a história de discurso busca imaginar as múltiplas direções pelas quais uma vida pode acontecer nesse contexto.

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a criação do texto tem inspiração em múltiplas referências artísticas e de diferentes linguagens: a obra da artista plástica Helena Almeida, os documentários do cineasta Eduardo Coutinho e noções advindas do campo da teoria discursiva. as reflexões e relatos de processo podem ser acompanhados através do podcast Audiodrama e da newsletter Fazendo Drama.​

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o projeto de criação do texto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo.